Agrofloresta: Alimentar e regenerar
Estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) mostra que mais da metade do solo da América Latina sofre algum tipo de degradação. No mundo, o percentual de degradação é de 33%. Os prejuízos mais evidentes são a compactação da terra, que agrava os impactos de enchentes, a perda de fertilidade e a menor captação de carbono da atmosfera devido a erosão, salinização, poluição, acidificação, entre outros aspectos.
A continua utilização de técnicas inadequadas para o cultivo do solo tem levado a um problema grave de disponibilidade hídrica e o surgimento de novas áreas de cultivo tem elevado a pressão por mais água, gerando um ciclo danoso que termina por gerar crises hídricas tanto no campo, quanto nas cidades.
Sistemas de produção como o da agrofloresta reproduzem um ambiente de floresta e é a técnica ideal para conservação do solo pois, produz mais recursos do que consome, ou seja, é um sistema autossustentável, que, além de gerar alimentos, também contribui para a conservação da água.
A agrofloresta, combina o plantio de árvores ou arbustos com cultivos variados seja para consumo próprio e/ou comercialização. Então de maneira resumida, uma agrofloresta é um sistema de multicultivo adensado onde são plantadas de uma só vez 30 ou mais espécies. A maior parte dos benefícios de uma floresta estão presentes nesse tipo de plantio e ainda estimula a biodiversidade de seres vivos, animais ou vegetais.
Técnicas como essa não têm ficado restritas apenas ao ambiente rural, é interessante notar que mais e mais pessoas tem procurado utilizá-la também no ambiente urbano. É uma excelente forma de regenerar esse ambiente. É a natureza sempre mostrando para nós humanos, mais uma vez, que tem as respostas para praticamente todos os nossos problemas.